O tratamento do câncer de próstata e impotência acompanha cada um dos tipos de tratamento usados no câncer de próstata. O câncer de próstata é hoje o mais comum dos tumores sólidos diagnosticados e tratados nos homens. As opções para seu tratamento incluem a prostatectomia radical, radioterapia, hormonioterapia e braquiterapia.
Nos dias atuais a prostatectomia radical é a escolha na maioria das vezes para tratamento dos casos de câncer orgão-confinado, oferecendo um grande percentual de cura da doença.
Apesar do excelente resultado oncológico, a cirurgia não é isenta de morbidade, principalmente quanto à continência urinária e à disfunção erétil. Os índices relacionados à impotênciasão muito variáveis, indo de 30 até 60% dos casos. O retorno da função erétil está diretamente relacionado com a idade do paciente, a função erétil antes da cirurgia e a extensão da preservação dos feixes vasculonervosos durante a cirurgia sobre a próstata.
Esses pacientes podem, além da disfunção erétil, apresentar outras alterações sexuais, como ausência de ejaculação, disfunção do orgasmo, alteração do comprimento do pênis e até mudanças fibróticas no pênis.
Como o diagnóstico dos tumores da próstata, nos dias atuais é feito cada vez mais precocemente, o interesse sobre a disfunção sexual pós-tratamento radical é cada vez maior.
Presume-se que a ereção peniana, em paciente com estado vascular normal, esteja relacionada à regeneração dos nervos cavernosos. Esse é um processo lento, geralmente levando de 6 a 12 meses após a cirurgia. Melhoras significativas na função erétil podem ser observadas após 40 meses.
Outro fator envolvido de grande significado é o psicológico. O medo da morte e do desconforto relacionado com o próprio tratamento leva a estados depressivos e à perda da libido. Alguns pacientes temem que a atividade sexual leve à dor, que possa estimular o câncer ou até a disseminação do tumor às parceiras.
O tratamento das disfunções eréteis após o tratamento de câncer de próstata segue uma seqüência a partir das condutas menos invasivas, como o uso das drogas orais, dispositivos de vácuo e terapias psíquicas. Como seqüência usamos as drogas vasoativas intracavernosas. Por último fazemos a colocação de prótese peniana.